sexta-feira, 8 de junho de 2012

REPRODUÇÃO ASSEXUADA DAS PLANTAS

Reprodução assexuada das plantas

Introdução

A reprodução assexuada das plantas consiste no desenvolvimento de uma nova planta envolvendo gema e formação de raízes adventícias.
A reprodução assexuada pode ocorrer através da folha ou do caule. Acontece por um processo natural ou provocado pelo homem.
A reprodução vegetativa permite que toda informação genética da planta-mãe seja transmitida à nova planta, graças a replicação do DNA.
Nas plantas a reprodução assexuada é também frequente, utilizando-se esta capacidade reprodutiva na agricultura. Por exemplo, as laranjas da Bahia (sem sementes) provêm todas do mesmo clone (considerando clone o conjunto de todos os seres geneticamente idênticos, provenientes de um mesmo ser vivo), a partir de uma laranjeira mutante aparecida na região da Bahia no Brasil. Efectivamente, esta árvore, ao não produzir sementes só se pode reproduzir por enxerto ou estaca.
O homem, pensando em reproduzir as melhores plantas e obter, assim, uma quantidade maior dos seus produtos, desenvolveu algumas técnicas de reprodução vegetativa, como a enxertia, a estaquia, a mergulhia e a alporquia.
Em condições naturais, muitos são os exemplos, como a batatinha comum, de um caule subterrâneo que se enraíza e se ramifica, formando nova planta.

Sistema de reprodução vegetativo

A propagação vegetativa artificial consiste em estimular a multiplicação celular e a diferenciação dos tecidos por meios controláveis, tais como temperatura, umidade do ar e do substrato, substâncias de crescimento e nutrientes, resultando no desenvolvimento de uma nova planta, altamente especializada, geralmente de arquitetura reduzida e precoce na produção comercial.
As principais técnicas de reprodução vegetativa artificial são: estaquia, enxertia, alporquia e mergulhia.
A propagação por meio de estacas é utilizada principalmente para plantas do grupo das dicotiledôneas e tem amplo emprego na agricultura. A introdução do propagador com nebulosidade, adicionou considerável progresso na multiplicação por estaca, pois possibilita o uso de estaca semi-herbácea, com folhas, o que aumenta a porcentagem de enraizamento e resulta em plantas de melhor estrutura. É usada para o cacau, azaléia, coníferas, guaraná, oliveira, etc...
A enxertia permite a obtenção de aparato vegetal de máxima eficiência, apesar de complicada, pois consiste de uma parte superior, a copa, que é cultivar de alto rendimento e qualidades definidas, e uma inferior, o porta-enxerto, que além da afinidade com a copa, deve apresentar resistência a doenças, pragas e condições adversas ao solo e do clima. A condição complexa da muda enxertada evidencia a necessidade do uso de matrizes sadias, pois a presença de doenças sistêmicas causa danos irreparáveis, sobretudo quando o porta-enxerto for suscetível.
A alporquia, que consiste em induzir a formação de raízes adventícias em ramos de copas ou basais e que são então, separados da planta-mãe, é utilizada para a multiplicação de espécies de difícil enxertia e de propagação por estaca. A alporquia tem amplo emprego na multiplicação de porta-enxertos de maçã e framboesa.
 A mergulhia, consiste em se enterrar parte de um ramo no solo. Depois de algum tempo, dele nascem raízes e os primeiros ramos. Separa-se esse ramo e planta-se em outro local, surgindo um novo indivíduo.

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